domingo, 23 de março de 2014

Adoro ler. Nada como uma boa leitura para nos tirar um pouco da vida real. Esquecer dos problemas, mergulhar em outro mundo e viver de perto uma fantasia. Quando estou lendo sinto que sou a pessoa mais próxima de cada um dos personagens e isso me faz muito bem.

Minha curiosidade faz com que eu devore os livros. Leio bastante e rápido, e coloco um ritmo nas falas, na narração, de acordo com os acontecimentos.

E aí, o livro acaba.

E eu fico me sentindo perdida. Meio triste, mesmo que o final seja o mais feliz possível. Parece que nunca mais vou ver os meus “amigos” personagens. Não vou saber mais da vida deles, acompanhar com emoção o que acontece depois do “... e viveram felizes para sempre”.

Essa carência – não sei se é a palavra certa -  faz com que eu demore um pouco para começar outro livro. Preciso antes ter certeza de que não estou traindo a história passada. Antigamente eu lia um livro atrás do outro, com intervalo de alguns minutos – era mais fácil quando eu trabalhava numa biblioteca. Mas agora ando mais sentimental, mais sensível até para a ficção.

Estou num desses intervalos ainda. Isso já dura umas duas semanas. Já comecei o próximo livro três vezes, mas ainda não me senti segura pra engatar na leitura emocionante, com o ritmo que ela merece.

Meu caso é sério, dotô?

sexta-feira, 7 de março de 2014

Ahh... o sol...

Adoro o nascer do sol. No verão, aquele ar geladinho; no inverno, aquele ar congelante e aquela neblina querendo esconder o astro rei, mas sem sucesso. E em qualquer estação, aquela sensação de recomeço. É um dia começando, é o nosso caminho continuando, um recomeço para pegarmos ar e encararmos o dia.

Mas o pôr do sol tem alguma coisa de mais especial. Não sei bem explicar. É a prova que Deus nos dá de que o dia valeu a pena, apesar de tudo. É a hora que podemos relaxar daquele fôlego que pegamos pela manhã. É romântico. É solitário. Esse momento acolhe corações acompanhados e sozinhos. Aquece todos eles. Nos faz suspirar. Ahhhh... o pôr do sol...

Aí vem a lua. Toda poderosa, impondo que é ela quem manda naquela escuridão toda. Que depende dela a noite ser negra ou clara. É rainha. Impera lindamente. Poucas pessoas sabem admirá-la. Muitas preferem fechar os olhos e dormir.


Até que o dia clareia, surge mais uma vez o sol e o ciclo começa novamente. E todos os dias. E a vida segue.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Meu carnaval

Hoje é sexta-feira, começa o carnaval. A cidade está um caos. É o feriadão que deixa as pessoas loucas para viajar, é a greve dos ônibus e ainda a chuva! Sair de casa sem dúvida é uma aventura. Aventura essa que prefiro evitar. Por hoje.

A cidade está ficando mais vazia. Os jovens ansiosos para chegar ao litoral – falando assim até parece que sou uma senhora idosa. Não, não sou. Mas para o carnaval confesso que minha alma envelhece alguns bons anos. Pessoas animadas para festar e beber como se não houvesse vida pós-carnaval, outras emburradas por não viajar, e eu, que optei ficar na cidade – vazia como eu prefiro – sem fazer nada de mais. Sem sair atrás de nenhum trio elétrico, sem dançar as coreografias da moda. Prefiro ficar em casa, acompanhada pelos meus livros e de boas músicas.

Começo o feriadão ouvindo o álbum “Insular”, do Humberto Gessinger. Quem me conhece não se admira e nem acha isso nenhuma novidade. Essa é a minha maneira de entrar no carnaval com o pé direito.


E que estar cercada de livros e músicas me traga mais inspiração para escrever, porque to precisando mesmo.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Um brinde

Deixa eu levantar um brinde. Mas não é um brinde qualquer, daqueles que se falam em voz alta, batem-se os copos e bebem um gole antes de apoiar o copo na mesa. Atenção, não se esqueçam de tomar esse gole, porque as más línguas dizem que, se não o fizer, de nada valeu o brinde.

Mas não, quero erguer um brinde mais demorado, que pode chegar a esquentar a bebida, ou esfriar, aí depende.


Quero brindar à amizade. Àquela amizade verdadeiramente verdadeira. Aquela que se respeita os diferentes gostos e modos de pensar sem nem ao menos discutir, porque é sabido que não vale a pena uma discussão. Aliás, eu sempre achei que essas é que são as amizades reais. Porque essa coisa de pensar igual, de ter os mesmos gostos, as mesmas opiniões, pra mim é coisa de Maria vai com as outras. E quem quer ter uma Maria dessa como amiga? Amigo não nasce grudado e não pode viver grudado também. Amigo que é amigo respeita. É um roqueiro que conversa com um sertanejo. Ok, talvez não conversem sobre música, mas enfim.

Um brinde àquelas amizades que se fortalecem com o tempo, independente da distância. Não precisa morar na mesma cidade, nem no mesmo país. Morando no mesmo mundo já está de bom tamanho! Mas se não morar, a gente dá um jeito! Tenho amigas que ficaram mais próximas quando deixamos de nos ver todos os dias... quando se mudaram para longe e mudaram as suas vidas. E quando eu mudei de vida também, porque não, essas coisas acontecem de ambos os lados.

Um brinde à amizade que sacaneia. Aquela que tira sarro, que ri quando você cai na rua. Ri antes e ajuda depois. Pra depois rirem juntas. Aquela que marca sua foto em rede social, claro que a foto que você saiu com a cara estranha, ou papuda, ou com um feijão no meio dos dentes. Por pura sacanagem.

Um brinde à amizade que está sempre por perto também. Tenho amigas longe, com quem falo sempre. Mas tenho as que vejo e posso tocar sempre. Essas merecem um brinde, claro, porque acompanham minha evolução, e torcem e abraçam a cada vitória ou emprestam ombro e ouvidos a cada derrota.

Agora sim, pegue seu copo e levante. Um brinde especial a você que ri quando eu rio, que entende quando eu choro, que se aquieta quando eu enlouqueço. Um brinde a você, amiga!

ps.: não se esqueça de tomar um gole pro brinde valer!