quinta-feira, 31 de março de 2011

Manual


Dias desses aí eu reli um e-mail antigo que só, cujo título era “Manual de etiqueta na vida noturna”, e era separado entre homens e mulheres, o que cada um devia e não devia fazer. Concordei com a maioria do que estava escrito ali. Deixa eu dividir isso com vocês então.

Começa falando que os homens devem ir com menos freqüência em bares, para, quando levar alguém, não chegar cumprimentando todos os garçons. Não concordo! Sim, até porque eu mesma chego em alguns bares e conheço os garçons pelo nome. E não acho isso nada feio.

Tem uma ótima: Quando rir, ou contar uma história, faça isso em um tom de voz compatível com a música da casa. Não tem coisa pior que sair com gente escandalosa, seja homem ou mulher! Quer que todo mundo escute o que fala? Faça uma palestra!

Lá pelas tantas, está escrito: A persistência de um homem em relação a mulher é inaceitável. Opa, opa, opa! Péra lá!! Não sejamos radicais assim. O homem tem que saber que quase toda mulher faz um pouco de doce por charme. Mas mulheres, também não vamos exagerar! A paciência dos homens tem limite! Tudo muito complexo...

Vamos então à parte do manual para mulheres.

Os homens já sabem que quanto maior o decote, maior a depressão, diz o manual. Como assim?? Não acredito nisso. Tem muita mulher que quer se aparecer mesmo, ou mostrar a prótese nova. O que mais se vê na noite são decotes e minis-coisas (mini saia, mini vestido, mini shorts, mini vergonha).

Se estiver interessada no moçoilo que tá investindo, mostre isso aos poucos. Sim!!! Mulher tem que dar a entender ao homem que quer sim!! Acredite, eles não sabem ler mensagens subliminares. Mas uma dica importantíssima: evite babar na frente do homem. Não entregar o ouro assim, de bandeja, é fundamental.

Para ambos os sexos, os assuntos que estão estritamente proibidos nos primeiros encontros: casamento, filhos (quantidade e nomes), conhecer a família, ex-maridos/esposas e ex-namorados (as). Não precisa nem desse aviso né? Se bem que de gente doida o mundo tá cheio.

Eu cumpro direitinho esse manual. Me comporto muito bem, obrigada. E mesmo assim o tal do príncipe encantado não vem! Como diz a Tati Bernardi (vide Google): “(...)E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tá, confesso.


Como é difícil te esperar. Ficar aguardando um oi simples, só pra saber se você está bem. Se você continua do jeito que te deixei para o mundo. Se seu jeito de falar, todo cheio de gírias ainda é o mesmo. Se você ainda me chama como só você sempre me chamou. Se eu ainda adoro ouvir meu nome na sua voz. Será que você ainda fala meu nome?

Saber se seu trabalho continua uma loucura, uma correria danada, e se, mesmo assim, você ainda sorri. Se você ainda é capaz de me animar, de me fazer dar risada das coisas que eu achava impossíveis. Se você ainda me faz ver a vida de uma forma mais simples.

Cadê você, agora que eu preciso, pra me acalmar enquanto te espero? Por onde você anda que não de diz nem sequer esse tão esperado oi?

Onde está que não quer saber se eu continuo a mesma, se eu continuo chorando por pouco, rindo à toa, brigando com a vida? Quero tanto te contar como foi meu dia, com todos os detalhes. Sinto falta do seu positivismo batendo de frente com o meu realismo. Preciso dos seus conselhos, da sua voz me acalmando. Quero seus olhos me olhando de novo.

Estou aprendendo a andar de novo, a sorrir de novo, a viver de novo, uma nova vida. Sem teu olhar, sem teu oi. Sem você.

terça-feira, 29 de março de 2011

Me deixa pra mim


E será que você não sabe que isso machuca? Não se dá conta disso? Impossível! Não venha me dizer que foi sem querer. Sem querer, mas sem pensar no que isso significa? Porque você diz que não quer, mas não me deixa.

Me conta então como é se sentir dono de uma pessoa, me conta. Sou super curiosa para saber como você se sente. Ter a certeza que sempre estarei aqui, esperando, disposta e bem humorada. Não seja tão seguro disso, não seja tão convencido. Quando menos se espera, o universo prega uma surpresa. Não foi assim que aconteceu comigo?

Não sou de ninguém. Que fique bem claro isso. Às vezes nem eu mesma consigo ser dona de mim, fujo do meu controle, mesmo me conhecendo assim, tão bem.

Você pode ser dono de uma parte do meu coração, isso sim, confesso. Mas com tantos tombos, tantos deslizes, estou aprendendo cada vez mais pensar com a cabeça. E nessa, meu querido, você não manda não. Penso muito em você, mas não te deixo tomar conta.

Queria eu poder ter um dono que cuidasse de mim, que me fizesse carinho quando me sentisse carente. Que contasse histórias para eu dormir, que pudesse me escutar também quando eu precisasse. Mas não. Cresço cada dia mais sendo minha. Cuidando dos meus problemas, cuidando do meu coração e da minha cabeça. Tentando tirar você de todos eles, me deixando todinha só pra mim. Por puro egoísmo. Por pura falta de opção.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ela, feia.


E lá vem ela, a desilusão. Vem daquele jeito metido de sempre. Toda empinada, azul ela. Azul acizentada.

E como faz mal. Chega assim, invadindo mesmo, perturbando a paz que tava tão boa. Faz a visão se perder o foco, o chão balança um pouquinho, quase faz a gente cair. Trapaceira essa tal de desilusão. Vem batendo enquanto a gente tá distraída. Passa uma rasteira e se duvidar, ainda aponta e ri da nossa cara. Traiçoeira.

Bagunça com o que tava arrumado, e ainda causa aquele aperto esquisito, que vem junto de um frio na barriga. Ou seria uma dorzinha de barriga? Já nem sei. Sei que a fome dá espaço pra desilusão passar, e ela acaba ficando. Achando que vai sustentar.

E ela vai ficando, como um hóspede inconveniente, sem sinais de quando vai embora. Aliás, sem sinal de que um dia vai embora. Mas vai. Eu sei que vai.

Existe um remédio muito bom para isso. E é baratinho. O nome é tempo. E tem efeito prolongado, apesar do tratamento exigir um pouco de paciência. Não tem contra indicação e nem efeitos colaterais. Só precisa cuidar com a superdosagem, porque tratamento com tempo é coisa séria, e, enquanto estamos nele, o mundo não pára pra esperar a nossa cura.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Ciclos


Já comentei aqui um dia que eu acredito que a vida é um conjunto de ciclos. Cada fase que a gente vive tem um começo, meio e fim. E a gente precisa saber quando o fim chega, por mais que contra a nossa vontade, e deixar ele acontecer. É assim que as pessoas evoluem.

Desde criancinha já tivemos várias amigas e amigos, alguns que tínhamos a certeza que jamais nos separaríamos e assim, do nada, de uma hora para a outra, cadê? Sumiu. Quando isso acontece assim, sem a gente perceber, é uma benção. Porque não sofremos, e acaba sendo tudo muito natural. Até depois de tempos, quando a gente se encontrar com aquele amigo de infância, vai bater saudades, às vezes voltar a sentir o cheiro daquela época – sim, porque na minha vida, épocas são marcadas por cheiros também. E tudo isso é muito gostoso, muito saudável. Aconselho. Comece a procurar amigos antigos, redes sociais são uma ótima escolha, encontrei vários assim!

Mas tem vezes que as coisas custam a acontecer. As pessoas custam a entender que aquele ciclo precisa acabar de uma vez. E assim, começamos a forçar situações, risos, e aquilo que era pra ser uma coisa bacana acaba se tornando incômodo. Mas muitas vezes não sabemos. Tem ali, uma pedrinha no sapato, em algum lugar, mas acostumamos com isso e continuamos a caminhada. Tão errado isso... Tão mais fácil parar um pouco, tirar a pedrinha e continuar andando muito melhor!

Como diz uma amiga minha: “Ninguém disse que é pra ser fácil. Ninguém disse que não dói.” E é a pura verdade. Dói sim nos desfazer de coisas. De pessoas então, nem se fala! Mas essa é a tal da evolução. Fernando Pessoa diz simples e claro: “Não se acostume com o que não o faz feliz.” E é assim que devemos pensar. Incomoda? Diz tchau! Não vamos ser radicais. Isso não se aplica a chefe, filhos, pais, e mais um montão de coisas. Mas no que podemos mudar, por que não?

terça-feira, 22 de março de 2011

Tatuando


Primeiro ela apareceu ligada a ritos religiosos. Isso muito antes de Cristo, lá no Egito. Durante anos foi uma forma cultural de se posicionar. Daí veio o governo da Inglaterra e usou a tatuagem para identificação de criminosos e pronto, já estava feita a imagem de “bad boy” para os tatuados. Aqui no Brasil a tatuagem apareceu bem mais tarde, em Santos, em um lugar perto do cais e pertinho também dos lugares de prostituição. Olha lá mais um fato colaborando com a imagem negativa da tatuagem.

Com o passar dos anos essa coisa de tatoo virou moda e hoje em dia existe pouco preconceito. A não ser para aqueles que tem o rosto e corpo coberto por pinturas.

Eu pessoalmente adoro!! Acho uma maneira de nos tornarmos ainda mais únicos, ainda mais diferentes. Encaro como uma forma de estampa, uma marca totalmente própria. As minhas tatuagens me fazem ser mais eu. Não sei se deu pra entender. Quem tem sei que entende.

E esse ano faço mais uma. Contrariando a família toda – acho que é normal pais não gostarem muito disso, né – nesse inverno estampo mais um pedacinho do meu corpo. Há tempos penso nisso, e a idéia vai amadurecendo cada vez mais e acho que é essa a hora de mais uma mudança. Eu mereço! Sim, e no inverno, porque tem toda a parte chatinha da cicatrização, pra daí sim sair mostrando a arte por aí.

Inúmeros são os motivos que levam as pessoas a se tatuar. Alguns fazem para marcar uma fase, para se lembrar de uma pessoa, como forma de amor. Outros apenas para seguir tendência (o que eu acho péssimo).

Sempre busquei significados. Dessa vez pensei antes no desenho e depois fui correr atrás do que isso pode representar para mim. Ok, ainda não tenho absoluta certeza do desenho, mas to quase lá. Aliás, ainda preciso de um desenhista. Fica aqui também meu pedido. Se alguém sabe desenhar bem, mas bem mesmo, e quer um desenho seu para sempre tatuado na pele de alguém, dá um grito!

sábado, 19 de março de 2011

Reveillon fora de época


Eis que o ano começa. Estamos no dia 19 de março com gostinho de 01 de janeiro. Moro em Curitiba e aqui ontem aconteceu o Reveillon fora de época. Um grupo de pessoas teve essa super idéia e lançou no facebook. Rapidamente as pessoas começaram a confirmar presença no evento. Deixa eu explicar melhor. Era apenas um encontro de pessoas para comemorar o "Ano Novo", já que sempre dizem que o ano só começa depois do carnaval. Ótimo motivo pra comemorar. O encontro foi marcado para acontecer na Praça da Espanha, há tempos ponto de encontro nas tardes de sábado. Fato é que ontem pela tarde já eram mais de 4 mil pessoas com presença confirmada. Entre elas, euzinha!

Bebidinhas compradas, térmicas cheias, vamos rumo à praça. As ruas cheias de carros, congestionamento, até chegarmos na praça. Arrumamos nosso pedacinho de grama e pronto. A festa começa. Curitiba me surpreendeu! Muita gente reunida, mas muita mesmo, e nenhuma confusão. Pelo menos eu não vi nem um comecinho de briga. O bom humor tava no ar, as pessoas estavam todas tão felizes, exatamente como clima de virada de ano mesmo.

Na meia noite teve brinde, champagne, abraços mil, e muita cantoria, a praça toda juntinha: Adeus ano velho... feliz ano novo... Clima mó legal mesmo. São Pedro colaborou com a noite, deixando uma lua maravilhosa lá em cima, e um calorzinho não típico da cidade.

Como o evento era independente, já era de se esperar a falta de banheiros. E o excesso de cerveja. E, decididamente, isso não combina. A parte chata da noite foi procurar um lugar em que pudéssemos usar o banheiro, mas tudo se resolve, né? E o lixo??? O pessoal não se preocupou muito em manter a praça limpa, por mais que isso tenha sido pedido. Muito lixo jogado no chão, nojo mesmo. Saímos do evento distribuindo sacos de lixo para todos, e ainda bem que a aceitação foi boa. Fizemos a nossa parte pelo menos.

O saldo foi positivo. Aliás, até mais que isso. Ouvi muito mais elogios do que críticas. Todo mundo gostou!! Evento diferente, ótima aceitação e muitos pedidos de bis. Inclusive o meu.