domingo, 25 de julho de 2010


Hoje acordo cedo, achando que era tarde. Todos os relógios da casa resolveram parar, e os que funcionaram estavam atrasados. Quando a gente tá meio dormindo, fica muito fácil de se enganar. Mas acordei, levantei faceira e ui pra feirinha do Largo com a minha irmã.

Quem é de Curitiba sabe do que estou falando. Mas deixa eu esclarecer. Essa é uma feirinha de artesanato de todos os tipos e comidinhas. Ela não é muito “inha” assim. É bem grande, por sinal. Acontece todos os domingos, no Largo da Ordem, e sempre está lotada de gente. Muitos sotaques se misturam lá, já que se tornou um ponto turístico da cidade. E mesmo para nós, curitibanos, é sempre bom bater perna por lá. Pelo menos eu adoro!

É uma mistura de gente de todas as idades. Todos parecem estar muito felizes, com sorrisos no rosto e sim, muita paciência para andar a 1km/h, porque dar uma passadinha rápida por lá é impossível.

Na minha opinião, é uma maneira ótima de se aproveitar as manhãs de domingo. Às vezes, entre uma barraquinha e outra, escutamos músicas tocadas por artistas de rua, com sanfonas e outros instrumentos. Muitas estátuas humanas – artistas também – espalhadas pelo Largo da Ordem.

A parte do artesanato é ótima, super completa. Pode-se encontrar de tudo, como roupinhas de bebês, artigos para cozinha, panos de prato, brincos, lembranças de Curitiba de ótimo gosto, e mais uma infinidade de produtos. Muitos quadros, muitos mesmo! Exposição de carros antigos, diversão para crianças. Não é a toa que todo mundo fica feliz por ali. E comidas... Também com uma variedade considerável, com pastéis de feira (deliciosos), empanados, bolinhos de bacalhau, queijinhos e mais um monte de tentações.

Isso tudo em ruas que são cercadas de restaurantes, bares e galerias.

Fica aí a dica. Para quem não é de Curitiba, um ótimo programa, uma ótima visita para as manhãs de domingo. E para quem é daqui, é uma boa pedida também, e podem me convidar!

Ah, e para conferir mais detalhes, vejam: http://www.feiradolargo.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pessoas alienadas

Começo este post com uma confissão. Eu assisti ontem o Programa do Tom Cavalcanti na Record. Pronto! Tirei um peso das costas e agora posso continuar com o tema.

Ontem nesse tal programa tava o Serguei. Não sei se vocês sabem de quem eu to falando. Mas ele é uma figura, que se acha roqueiro e acha que fez algum sucesso. Eu pessoalmente acho que ele é um Iggy Pop de R$ 1,99 que é demais de perturbado e não vive nesse mundo. Ele jura que namorou a Jenis Jopin, vejam vocês. Mas enfim, eu estava ontem prestando atenção no comportamento dele, e não entendi nada. Não se entendia nada do que ele falava. Surreal. Num dos quadros, os convidados precisavam contar o maior número de piadas durante certo tempo. Ele ia contar alguma coisa, mas não sei em que idioma, daí parava, mostrava a língua e soltava um grito tipo rock’n’roll. No final das contas a equipe dele ganhou e tenho quase certeza que ele não entendeu até agora o que tava fazendo naquele programa. Se é que ele entendeu que aquilo é um programa.

Eu cheguei a estudar com uma pessoa assim, meio fora da casinha. Ele passava a aula inteira olhando para todos e fazendo caretas, se esfregando na parede. Não é a toa que ele pegou várias dependências durante o curso. Se não me engano agora ele tem um bar, alguma coisa do tipo. É... as pessoas “evoluem”.

Mas me pergunto se essas pessoas sabem que são assim. Já disse que não sou muito crente das pessoas normais. Mas assim acho exagero. Dizem que cada um vem ao mundo com uma missão. Qual será a missão dessas pessoas? Deixar pontos de interrogações nas cabeças das pessoas? Desafiar a ciência?

Perguntei para minha irmã se ela sabia o que tinha acontecido com o Seguei, o roqueiro, durante a sua vida. Se aquilo era efeito eterno de drogas ou o que?! Ela não soube muito bem me responder, disse apenas que ele sempre foi doidão assim. Mas o fato é que fiquei assustada ontem com isso. O meu colega que também foi citado aqui sei que era chegado num fuminho – me senti uma velha escrevendo assim, mas é um jeito delicado de dizer que ele vivia chapadão – mas não acredito que só isso fez dele o que é.

Acho que todo conhece ou conheceu alguém assim. Numa dessa eles passam nas nossas vidas para a gente ter no que pensar quando a cabeça está vazia. É, pode ser!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ai, o frio...

Eis que o inverno dá o ar da graça aqui pelo sul. Veio com tudo, com direito a muito frio e chuva. Olha que cheguei a pensar até na possibilidade de neve. Nunca vi neve. Já tava preparando a máquina fotográfica a tudo. Mas pelo jeito não vai ser dessa vez.

As pessoas ficam diferentes no inverno, tirando o fato de estarem sem nenhum bronzeado e pálidas. Há quem diga que ficamos mais charmosos no frio. Que botas e sobre-tudo dão um ar mais fino. Ok, concordo na seriedade das roupas. Mas prefiro o colorido das pessoas e das roupas no verão. Sem contar que as pessoas ficam mais alegres e comunicativas quando quente. Agora vejo todos na rua encurujuados, de braços cruzados, mão nos bolsos, cabeças abaixadas. E sempre reclamando no frio. Ninguém fala: "Adoro frio e chuva, que dia lindo!" Aliás, no frio, as pessoas se falam menos, ainda não entendi porquê.

As pessoas saem menos, falam menos. Podem reparar que conhecemos poucas pessoas no frio. Saímos com as pessoas que fizemos amizade no verão. Pensando bem, os aniversários de namoro são todos sempre nas outras estações do ano, nunca no inverno, sem generalizar, claro. Não fiz estudo nenhum sobre isso, é tudo tirado da caixola mesmo.

Mas vejam bem, hoje é sexta, está noite, e não sinto vontade de sair do quentinho da minha casa por nada! Fato inédito! Então fico aqui, eu e minha taça de vinho, esperando pacientemente o tempo esquentar e as pessoas ficarem coloridas. Vamos lá, São Pedro, alivia esse frio aí pra gente.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Festas temáticas

Quando eu era criança tinha vergonha de me vestir de caipira em festas juninas, de pintar o rosto, essas coisas. Daí depois de velha eu peguei gosto pela coisa. Pena que agora ninguém acha mais isso bonitinho. O mínimo que recebo são risadas escondidas, como se estivessem com vergonha de mim. Mas eu não tenho mais vergonha disso. Adoro festas temáticas!!

A diversão de sair vestida de uma maneira diferente do dia a dia só pode ser coisa de gente mais velha mesmo. Mas não tão velha para ter preguiça de caprichar na produção. É tão bom sair do comum, do normal. Não que eu acredite que essa coisa de que gente normal exista, porque não existe não. Mas saber que não se é normal já pela roupa é tão legal. Experimentem!

Já fui em inúmeras festas à fantasia, todas muito legais. Exceto uma, em que nem metade das pessoas presentes estavam fantasiadas. Daí não vale. Mas o saldo é positivo. As pessoas parecem ser mais felizes. Todo mundo encarna seu personagem, sua fantasia acaba sendo a sua roupa de sempre e naquele dia, ou naquela noite, a gente realmente é um policial, ou um índio, uma princesa até. O uso da fantasia permite até certas atitudes. Calma, não pensem em nada de besteira, estou falando na inocência mesmo. Eu, por exemplo, já fui à uma festa de policial, e, chegando lá, dei de cara com dois "ladrões". Não tive nem dúvida, saquei minha arma de plástico e prendi os dois. Minha atitude de policial exemplar rendeu muitas risadas e muitas fotos também.

Fui em algumas festas juninas, sim, vestida de caipira! E lá as pessoas se cumprimentavam falando: "Tarde, nha Mari". E assim seguia a conversa tudo no mais perfeito "caipirês". Eita coisa boa pra mais de metro, sô.

Agora está na moda festas com temas mais restritos. Essa moda de fugir do que é brasileiro não me agrada, mas sendo festa temática eu tô dentro. Fui em uma Prom Party, que, para quem não sabe, são as festas de formatura americana. Quase uma festa brega para nós. E agora estou prestes a ir numa festa "British Invasion". Vamos ver qual que é. O tema é vago, tenho uma semana pra colocar a caixola pra funcionar e caprichar no make up!

domingo, 4 de julho de 2010

Domingo a programação da TV aberta é terrível. Nada de novidade, né? Para não ficar ouvindo a voz do Faustão, resolvi ver outros canais. Quanta decepção.

No SBT passa um programa com a Eliana, que aliás, como apresentadora é uma ótima cantora de "Meus dedinhos". Tantos anos no ar e ela ainda não aprendeu. Desista, né?

Mas o que mais me deixou abismada, é um quadro nesse programa que as pessoas vão lá para falar mal de algum artista assim, na cara. O público se delicia com uma sequência de baixarias faladas. Muitos gritos, aplausos e algumas vaias. E as pessoas xingando de burras, fracas, e assim vai. E a Eliane fala: "vai, boa sorte, agora é com você, detona ela". E daí ainda tem votação de quem foi o melhor "detonador", que vai ficar do lado do artista odiado durante um mês. Fez algum sentido pra vocês? Pois é, nem pra mim!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Figurinhas de academia

Como já escrevi antes, estou sem trabalhar, então aproveito minhas tardes livres malhando, se é que se pode dizer que isso é aproveitar.

Entro na academia logo depois do almoço. Acho interessante o número de pessoas que fazer exercícios nesse mesmo horário. Às vezes preciso até esperar um aparelho de musculação ser desocupado. Será que todas essas pessoas estão desempregadas? Arrisco dizer que alguns ali são aposentados já, mas é a minoria. Bom, mas isso também não é problema meu.

De um tempo pra cá comecei a reparar mais nas pessoas por lá. E, como em qualquer lugar, tem cada figura...

Tem um cara que eu tenho quase certeza que é um mutante. Aparentemente ele é normal, mas basta ele começar a colocar peso nos aparelhos para repararmos na força que ele tem. É isso mesmo. Ele é um mutante e seu poder é a super força. Descobri tudo. Hoje, inclusive, ele não foi. Deve estar ocupado salvando o mundo.

Existem também aqueles que acham que academia é feira. Vão para lá só para ficar conversando. E é incrível como essas pessoas adivinham com precisão a sequência da nossa série de exercícios. E taí uma coisa que me irrita. Chegar na frente do aparelho, ter que interromper o papo que é sempre muito animado, e pedir licença para poder malhar. Me pergunto por que essas pessoas não vão num parque para fazer isso! É de graça, o ar é mais saudável e ninguém fica interrompendo. Muito melhor para todo mundo.

Tem algumas pessoas que são as puxa-saco de instrutor. Essas me fazem dar risada sozinha. Sempre cheias de dúvidas, normalmente são as mesmas todos os dias. Acho que alguém precisa avisar para elas que instrutor não é personal treiner.
Fico aqui imaginando, eu reparo em todo mundo, porque é uma mania que eu tenho. Será que alguém também repara em mim assim? Eu me considero normal. Daquelas que fazem esteira, bicicleta e musculação. E depois vai embora. Discrição é bom e eu gosto. Mas pode ser que alguém me veja como “aquela que mal fala, menina estranha”. E assim eu viro uma das “figuras” da academia.