Ontem foi dia dos namorados. Passei a maior parte do dia dormindo. Não por birra, mas por conta de um churrasco no dia anterior que foi até quase de manhã. Juntando a preguiça com o frio que faz nessa cidade, ficou bem complicado sair da cama. Ah sim, e fiquei esse tempo todo na cama sozinha. Não completamente, Dalila me faz muita companhia. Esse ano foi um pouco diferente, não ouvi nenhum comentário sobre eu estar solteira, sobre a vantagem de não precisar gastar com presente – mas também não ganhar. Prefiro assim. Tem gente que pensa que me incomodo demais em estar solteira. Na verdade não. O que me incomoda realmente são os votos clássicos de pessoas mais velhas, falando que no próximo ano estarei com um amor, que eu sou tão bonita, tão inteligente, que eu não preciso me preocupar, que daqui a pouco aparece O cara. Ai, Jesus, mal consigo escutar isso sem virar os olhos. Mas respiro fundo, conto até 10 e rio. Apenas sorrio para a pessoa, sem falar nada, sem responder. Melhor assim, se eu abrir a boca, corre o risco de sair o que não deve.
E o dia dos namorados passou. Foi ontem. Hoje é dia 13 de junho. Pode ser um dia pior ainda. Porque é dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Ou seja, dia dos solteiros, encalhados e afins. E mais uma vez, esse ano foi diferente. Minha mãe sempre dá uma cutucadinha perguntando se eu não vou lá no Centro comprar um pedaço de bolo, porque vai que tem um santinho nesse pedaço, sinal que eu vou casar. E esse ano, nada desses comentários. Bom, muito bom assim. Me divirto bastante assistindo em tudo que é tipo de programa as mais diferentes simpatias para arrumar um namorado. Mais engraçado ainda é pensar que tem gente que faz isso e pior, acredita! Realmente, eu arrumarei um namorado só porque a agulha que eu joguei numa bacia cheia de água com açúcar apontou para isso. Desculpa aí, mas tenho mais no que pensar.
E enfim, o dia dos namorados passou, o dia de Santintonho está no final, e Dalila continua aqui na minha cama, do meu lado, roncando que só... me fazendo companhia como sempre. Vamos tocar a vida, que não depende de estar casada ou solteira.
ps.: o Santo Antônio está de ponta cabeça propositalmente. Reza a lenda que fazendo isso – uma tortura – ele arruma um marido pra gente desvirar ele logo. Isso não dá trabalho. Então, tai minha parte!
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