sábado, 9 de junho de 2012

Eu te amo!


Triste ouvir tantas pessoas falando EU TE AMO como se fala Bom dia. Aliás, as pessoas nem falam bom dia mais umas pras outras, né? Triste também.

Mas a tal da banalização do amor me incomoda. Esse não era pra ser o sentimento mais puro? O mais bonito? O mais mais de todos? Pois é. O que acontece é que o “amor” está na moda. Não o amor verdadeiro, mas aquele que se declara nas redes sociais, aquele que o mundo precisa saber. O amor de verdade é quieto, é discreto. Ele não precisa de ninguém mais que não as pessoas envolvidas. Ninguém mais precisa saber dele, ele se basta assim.

Vejo crianças – ok, jovens – falando ‘eu te amo’, mas me pergunto se eles sabem o que é isso. Tudo bem, não acredito que o amor tenha idade, não é isso. Mas esse sentimento se conquista, não acontece da noite pro dia. Paixão é rápida. Amor é coisa madura.

Amor de verdade? Eu sinto sim, pelos meus pais e minha família. Só eles. Pelo menos por enquanto. Esse sentimento é muito maior do que qualquer paixão, do que qualquer entusiasmo.

É coisa que se sente, e não precisa ser dita. A gente sente a reciprocidade do sentimento, sem ter que falar a cada minuto ‘eu te amo’. Pode ser por isso que essa frase tenha perdido o sentido, ou adquirido sentido novo: pelo excesso do uso.

Me lembro que há tempos atrás, uma amiga da época me abraçou e disse: “Você é minha melhor amiga! Eu te amo!” Caramba! Eu abraçada com ela pensei comigo no que diria, qual seria a minha resposta, já que não sentia a mesma coisa. Simples. Eu agradeci. Não consigo fazer isso. Não consigo mentir desse jeito. Sou muito transparente para falar por educação: eu também. Não dá. Mas foi um episódio curioso. Acredito que ela tenha ficado um pouco decepcionada com a minha resposta. Mas o que importa é que eu me orgulhei por falar a verdade.

E o dia dos namorados está chegando! Um brinde aos tantos casais que falarão “eu te amo” apenas por obrigação, por ser uma data comemorativa!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Várias Variáveis

Há tempos atrás postei um momento de tietagem minha. O link pro post é esse, caso tenham interesse: http://www.naoehsempre.blogspot.com.br/2011/04/tietagem.html.

Nunca foi segredo pra ninguém que eu sempre adorei os Engenheiros do Hawaii. Desde novinha. Escuto quando estou triste, faz eu me sentir melhor. Escuto quando estou feliz, aí canto alto.

E hoje é dia de twitcam. O disco da vez é o Várias Variáveis, de 1991. Sim, eu sei que usei o termo disco, mas naquele tempo era o que tinha. Me lembro que ganhei a fita cassete desse álbum. Muito tempo depois fui comprar o cd. É um dos meus discos preferidos, com letras valiosas que poucos conhecem. Talvez seja exatamente por isso a minha preferência. Na minha opinião, a rádio acaba estragando as músicas. Cai na boca do povo, o que não acredito ser uma coisa boa. Para o artista sim, que ganha dinheiro, mas para a música não. Ela acaba enjoando e tendo uma vida útil reduzida. Vendo a lista de músicas do “Várias Variáveis”, vejo que tem muita coisa conhecida sim, muita coisa bonita.

O inferno ficou para trás
Com as luzes lá em cima
O céu não seria rima
Nem seria solução


Essa era a época em que Humberto Gessinger fazia os shows usando bombacha e tênis. Aliás, essa é a roupa que ele se encontra na capa do disco, em meio a várias rodas dentadas, marca registrada das artes da banda. Isso era único. E ainda é.

p.s.: O nome do blog e a citação ali em cima foram retirados desse álbum, da penúltima música, pra ser mais exata.

Às vezes de bem com a vida, às vezes de mau humor
Às vezes sem saída, às vezes seja onde for
Não é sempre, não é sempre
Como tudo na vida... nunca é sempre



terça-feira, 5 de junho de 2012

Bicho folgado


Se tem uma raça de gente que eu não gosto é a das folgadas. Gente que acha que me conhece, que acha que estou sendo legal quando, na verdade, só estou sendo educada. E aí, achando que sou legal, o folgado vem e faz brincadeiras que ao meu ver não tem a menor graça. E insiste nelas. Tem coisa mais chata do que rir querendo mesmo é dar um soco em alguém?

Não acho que isso faz de mim uma pessoa falsa. Nem todas as verdades precisam ser ditas, o mundo seria um caos se todos exteriorizassem suas opiniões sobre as pessoas. Tem verdades que magoam. Eu tenho várias delas guardadas aqui comigo.

Aí me acusam de ser grossa. Tudo bem que não sou uma pessoa dotada de muita paciência. Aquela coisa que falam, que paciência tem limite, o limite da minha é logo ali. Mas sou educada. E aí vem a tal da risadinha. Quando não gosto de alguma coisa e fico sem jeito pra falar, rio. Infelizmente, assim, o folgado acha que é engraçado e que tá arrasando! Não, meu querido, não está.

Como pode isso? Como pode uma pessoa achar que tá agradando e não ver um baita sorriso amarelo estampado no meu rosto? Pára! Não sou tão boa atriz assim. Folgados de plantão, saiam de perto de mim, pode ser??