segunda-feira, 4 de abril de 2011

Teatro


Adoro teatro. Adoro o Festival de Teatro de Curitiba. Pra completar, minha irmã gosta ainda mais disso. Logo, sempre aproveitamos para ir em várias peças durante a semana do Festival.

Esse final de semana que passou fomos em três peças. Vamos a elas!

Sábado: “Música para Cortar os Pulsos”. Nome meio deprê, concordo. Mas a peça é bacana! Isso que importa, né? Pesquisei antes para saber do que se tratava, vi que tem um blog sobre a peça e muitos comentários. Entre eles, que era uma peça muito boa para jovens. Quando a peça começou, vi que eram três atores novos, novos de idade quero dizer. Minha irmã já achava então que se tratava de um teatro estilo Malhação. Mas para nossa surpresa não era. Eu tinha receio que eles começassem a cantar, por causa do título da peça, coisa que também não aconteceu, para meu alívio. Os trechos de música eram todos falados, no meio do texto. Isso deixou eles mais poéticos ainda. A peça se tratava basicamente de desilusão amorosa, em diferentes tipos de relacionamentos: desilusão pelo término de um namoro, pela paixão não correspondida e pelo amor platônico de um gay pelo seu amigo hetero. Tudo tratado de uma maneira fofa. Teve gente na platéia que se debulhou de chorar. Não, não foi meu caso. Mas entendo, às vezes as pessoas se identificam com as situações, daí já viu né? Saí da peça satisfeita pelo que tinha acabado de ver. Começamos o Festival de 2011 com o pé direito.

Domingo: domingo sempre foi um dia preguiçoso... mas não para o teatro!! Fomos em mais peças. Sim, no plural, domingo foram duas.

“Brasileirinhos, uma História Reinventada”. Se eu achei a peça do sábado fofa, não sei nem como me referir a essa. Era uma técnica diferente, chamada Teatro Negro. Já tinha visto isso na TV, mas ao vivo confesso que não. Fiquei completamente fascinada pelo efeito das cores e luzes! A história é sobre um palhaço que se apaixona por uma boneca de pano, dizia a sinopse. Chegamos no teatro e vi que tinha muita criança por lá. Já comecei a ficar invocada com isso. Calma, eu gosto de crianças, mas longe de teatros e cinemas, porque elas não sabem se comportar onde precisa fazer silêncio. Ainda bem que as luzes e cores não impressionaram só a mim, as crianças incrivelmente se comportaram muito bem. Quase não havia diálogo na peça. Eram músicas de Toquinho, Vinícius e Chico Buarque que completavam o espetáculo. A platéia cantou junto, riu, bateu palma. A minha vontade era de pular no palco, pegar aquele palhaço e levar pra casa. Me peguei várias vezes de boca aberta e sorrindo, porque era tudo muito mágico. Palmas de pé, muito merecidas!

Ainda no domingo, fomos ver “Trilhas Sonoras de Amor Perdidas”, da mostra contemporânea, que são peças mais compridas, em teatros maiores, mais caras e que normalmente tem algum ator famoso. Essa era com Guilherme Weber dando um show de interpretação. Foram três horas de peça – sim, três horas!! – sobre o relacionamento do protagonista com Soninho, interpretada por Natália Lage. Tudo isso regado a muitas músicas, todas no estilo lado B, mas muito boas. A peça é toda baseada em fitas gravadas para todas as ocasiões, desde lavar pratos até fita para terminar um relacionamento. Com pitadas de humor muito bem feitas, sem nenhum exagero, a peça se tornou mais leve de ser assistida. Confesso que muito longa, e que no final o sono bateu bem forte. Mas isso foi por conta de uma noite curta de sono. Mais uma vez, a platéia aplaudiu de pé. Merecedores.

E essa semana tem mais!! O Festival de Teatro vai até domingo que vem. Espero continuar com essa sorte na escolha das peças. É isso aí, começamos mesmo o Festival com o pé direito.

Um comentário: