quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Té mais


Cá estou, sentada na minha cama, na frente do note, esperando que o Pasalix faça efeito para eu dormir neném. 70% da mala pronta, ainda em dúvida, me sentindo meio insegura de não levar nenhuma bota comigo. Curitibana é isso mesmo, sempre com um casaco na mão, sempre correndo pra um par de meias. Daqui a quase 48 horas o ano acaba, estamos em pleno verão, e essa Curitiba me inventa de chover e esfriar. Mas amanhã estou indo pro Rio de Janeiro, terra quente, mas com previsão de chuva, mas com calor, mas com chuva. E se eu saio de sandália, chove e meus pés esfriam? Nóia de curitibano. Vamos na sorte.

Com essa coisa de viajar, já penso que vou ter que ficar sem fazer minhas unhas por uma semana inteira. Fato que me levou a cortar as unhas da mão curtas demais. Agonia. Logo passa. Não!! Não sou peruazinha que vai ao salão duas vezes por semana. Mas a mão sempre tem que estar bonita. Sou eu quem faço. Nada de peruagem nisso.

Na dúvida sobre a cor para passar a virada de ano, coloquei algumas opções na mala. Minha superstição diz que apenas a calcinha precisa ser nova, assim fica mais fácil. Aliás, quase que fico sem calcinhas novas dessa vez. Saímos, eu e minha irmã, da loja, bem faceiras e, quando paramos pra um café – modo de falar, detesto café – a sacola estava vazia e com o fundo rasgado. Pronto, pensei, tem quatro calcinhas perdidas pelo shopping! Claro que não as achei. Mas consegui recuperar na loja depois de uma reclamaçãozinha. Ufa! Calcinhas garantidas já! E na mala.

Hoje assisti a última aula do ano, agora posso me desligar um pouco. Mas só um pouco. No comecinho do ano já to na ativa de novo! Mas vamos deixar pra pensar nisso depois. Quero aproveitar um pouco essa folgua.

E Dalila aqui, colada comigo, coisa mais gostosa, parece que sabe que vai ficar uma semana sem me ver e gruda! Eu adoro, claro!!

Acho que o remedinho tá começando a fazer efeito. Essa coisa de viajar me deixa ansiosa, aí dormir fica mais demorado, sabe?

Mas não podia deixar de escrever pela última vez no ano. Pra quem? Pra ninguém. Pra mim mesma, oras! Mas, caso alguém leia isso, fica aqui registrado meus votos de um baita começo de ano!! E meio... e fim também! Vamos com tudo que 2012 tem muito pra ser um sucesso!!! Até ano que vem!!!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Uma fase


Hoje me lembrei de uma música que momentaneamente é a minha cara em alguns trechos:

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia (...)

(...)Eu não tenho mais a cara que eu tinha No espelho essa cara já não é minha

Bom, a música continua falando que quando ele se olhou no espelho a sua barba estava deste tamanho. Ufa, pelo menos não é meu caso. Vendo por esse lado, meu problema fica pequeno.

Na verdade essa coisa de não caber mais nas roupas que eu cabia está acontecendo faz tempo. Tenho um grande problema em fazer dietas. Bloqueio mesmo. Fraqueza. E já cheguei à conclusão de que estudos e dieta formam uma combinação bombástica. São duas coisas que alteram o humor, então, calma lá, uma coisa de cada vez.

Ontem antes de dormir fui lavar meu rosto e, quando me olhei no espelho levei um susto. Lá estavam elas, enormes, fundas, as olheiras. Tão feias elas! Entregam que estou cansada e com sono. Tudo bem, qualquer pessoa que fale comigo perceberá essas duas coisas. Mas é injusto sair pelas ruas desfilando olhos cansados. Salve o pó compacto, meu amigo de fé meu irmão camarada!

O curso está acabando, falta menos de um mês. Isso é bom, porque me dá um pouco de descanso. Mas é ruim porque o estudo vai ser totalmente por minha conta. Se ao menos eu pudesse levar alguns professores no bolso no dia da prova...

Mas o cansaço é grande. E reparei que o caso é grave quando ontem, ao começar o Fantástico, apareceu uma pequena matéria, para, então irem ao estúdio com Patrícia Poeta e Zeca Camargo cumprimentando com um sonoro Boa Noite. E eu pensei: “Nossa! Já acabou?! Preciso dormir.” Detalhe que não era nem 21h. Que eu tenha perdido um pouco a noção dos dias, porque tenho aulas de segunda a segunda, tudo bem. Mas perder a noção das horas nunca tinha acontecido. Sinto que preciso de vitaminas, energéticos (falo que preciso de Red Bull, mas aqui escrevo energético, já que não me pagam pra fazer propaganda), isotônicos (sim, Gatorade, mas sem merchan) e toda e qualquer coisa que me deixe mais pilhada e me dê mais gás.

Tudo isso, eu sei, por uma boa causa. Ainda vou fazer muita festa! Ainda vou colher os frutos desse esforço! Fé!


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nossa (nova) Língua



Nessas últimas semanas tive várias aulas de português. Nos meus tempos de escola eu gostava muito dessa matéria. Achava tudo tão simples enquanto via muitas pessoas se batendo. Sou do tempo do trema – adoro o trema, e ainda me nego a tirá-lo das palavras, quando escrevo só pra mim. Sou do tempo em que voo e coo eram acentuadas. E acabo de descobrir que meu Word também é dessa época, acusando erro com a minhoquinha vermelha embaixo das palavras. Concordo com você, Word!

Essa tal reforma ortográfica veio pra me confundir e me indignar. Agora estou junto com as pessoas que se batem. Maravilha! Preferia tanto como era antes...

Há quem diga que a reforma simplificou as coisas. Não concordo de jeito nenhum! Trema, hífen e acentos davam muito mais charme às palavras. Pelo menos a crase continua. Olha ela ali! Já é alguma coisa, não? Onde já se viu escrever minissaia, extraoficial, ultrassecreto?? Feio, esteticamente falando, muito feio.

O irônico é saber de todas essas reformas, que acredito serem ensinadas constantemente nas escolas, enquanto os estudantes escrevem tudo abreviado - Vc, kd, kbça – ou ainda, não sei se pior, sem o til – naum, entaum. Uma palavra nova que surgiu nessa leva foi a “concerteza”. Prestem atenção que na regra gramatical está escrita corretamente, com N. O com certeza é falado com tanta frequência e para tudo, que se transformou numa palavra só.

Será que é essa a tendência? Não sei se consigo aguentar essa reforma, se for esse o futuro. Começo a entender quando minha vó resolvia falar que no tempo dela “pharmácia” era com ph, e demorava no assunto, citava várias palavras. Sinto que serei assim por causa da trema. Aliás, outra coisa que percebi é que muitas pessoas escrevem palavras com ph com som de f na internet. Que seria isso? Saudosismo? Não... essas pessoas nem sabem disso! Deve ser pra fazer estilo mesmo. Triste.

domingo, 9 de outubro de 2011

Sobre nada


“ÀS VEZES PRECISAMOS DEIXAR O QUE QUEREMOS PARA ENTENDER O QUE MERECEMOS."

Foi isso que uma amiga minha escreveu há pouco para mim. Acredito na verdade dessa frase. Acredito que as coisas não acontecem por acaso, que não é dada uma cruz mais pesada do que podemos carregar. E quero muito acreditar que o Universo conspira a favor. Só ainda não entendi direito a favor de quem.

Não sou uma pessoa muito paciente. Aliás, sou até bem ansiosa para que as coisas aconteçam. E é por isso que vivo parte da minha vida angustiada pela velocidade – ou falta de – dos fatos.

Me encontro num domingo nublado em casa, assistindo “A Bela e a Fera” na TV aberta, e conversando com poucos amigos que estão on line. Saí de casa somente no sábado pela manhã, o que definitivamente salvou meu final de semana. O bolso e o fígado agradecem, eu sei, mas meu humor não. Um amigo me falou, “Mari, hoje você está criminosa.” Penso que isso não é bom.

Então, esse final de semana estou tentando deixar de lado o que quero... pra ver o que mereço. Conclusão: mereço ficar em casa vendo desenho animado. O que isso quer dizer?

Amanhã pelo menos minha rotina volta. Aulas, estudo... e com uma novidade: vou voltar a malhar. Mas agora por ordens médicas. Falei que tive que fazer infiltração no joelho esquerdo e que tenho lesão nos dois joelhos? Pois é... é a idade! Amanhã seria o retorno da consulta, pro médico ver o resultado dos exercícios. Como não houve exercício nenhum, a consulta será desmarcada e a academia será reiniciada. Até faz sentido: quero ser uma pessoa sarada, mas mereço lesão nos joelhos, que me forcem ir pra academia para, quem sabe, alcançar meu objetivo. Viagem ou não, de repente é assim que as coisas funcionam.

Passou um dia inteiro e não consegui escrever nada de produtivo. Nem fazer nada de bom. Deve ser o que chamam inferno astral. Isso existe mesmo? Dizem que é uma forma de colocar a culpa nos céus pelas coisas que não dão certo. Pensando assim, é bom poder colocar a culpa em alguma coisa intocável. Tipo, acordei de mau humor, deve ser porque meu aniversário se aproxima. Ou, choveu! É o inferno astral, só pode?!?! Prefiro a teoria de que esse período é o fim de um ciclo, e como muitos fins, é desgastante. Essa é mais bonitinha. Em pensar que ainda tenho duas semanas pela frente, penso seriamente em me fechar numa jaula. Mais seguro para todo mundo. Se hoje eu estou “criminosa” de acordo com um amigo, imagina daqui uma semana? Corram!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lá de longe

A idéia de distância já nos lembra saudades. Mas por que isso? Andei pensando nisso final de semana passado, num dia em que me senti sozinha. Aliás, me senti só não, eu estava realmente sozinha, contando com a companhia de Dalila apenas, mas eu falava com ela e não tinha resposta nenhuma em palavras, somente lambidas, latidos e às vezes rosnados. Já é alguma coisa, não?

Enfim, tenho muitas amigas que moram longe. Umas mais que as outras, mas o fato é que não posso visitá-las assim, de uma hora pra outra, e sem levar bagagem. Ironicamente, acredito que são essas com quem mais eu converso, mais me abro até. Talvez pelo fato de não estar sempre cara a cara e não receber broncas pelas coisas que faço. Sim, porque amigas dão broncas também. Mas não acredito que seja por isso não.

Parece que as amigas que estão mais longe são as que me sinto mais próxima. Desculpa as que moram aqui por perto. Amo tooooodas, meu coração é grande que só. Mas às vezes acontece de, porque sabemos que podemos ver algumas quase sempre, deixamos pra depois. E aquelas que estão mais distantes, eu curto até gastar, pra conseguir ficar um tempo sem ver.

Lendo hoje um post do Mario, (que Mario??? Esse aqui ó: http://releituraumbanda.blogspot.com/2011/09/assinado-marinho-patruni.html) me senti um pouco mais saudosista. Texto lindo, aliás, fica aqui minha propaganda gratuita para os seguidores de bons conteúdos.

O final de semana passado, o que estava sozinha, eu conversei com amigas de Buenos Aires, Rio e Espírito Santo. Incrível como eu fiquei feliz de falar com todas elas. Feliz porque elas me fazem bem! Feliz porque me senti amada! Feliz porque, por um período de tempo, não me senti sozinha. Isso tudo sem contar que eu senti que elas também têm carências. Me senti normal, ou quase, o que já é um progresso!

E aí não sei porque, acho que pra maltratar mais um tiquinho, eu corro pra ver fotos antigas, das viagens, de quando estávamos perto. Mesmo rindo das fotos que me trazem à memória várias histórias, as que realmente valem a pena não foram fotografadas, estão gravadas aqui na caixola só, mas isso basta, são coisas que nunca vou esquecer. Pequenas grande coisas, eu diria.

Mas calma lá que a gente já se encontra!!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Músicas


Sabe que sem música eu acho que não vivo, né? Exageros a parte, eu e meu mp4 somos muito chegados. Ainda mais agora, que estou estudando no Centro da cidade. Andar na rua sem uma musiquinha para ditar o ritmo dos passos não dá!

E hoje, no caminho de volta estava escutando de um tudo. Sou eclética, gosto de muita coisa, só não sobra espaço pro sertanejo, isso não! Mas voltando, hoje ouvi uma musiquinha breguinha de tudo, mas fofa. Nada como fones de ouvido para fazer a gente prestar atenção total na letra da música, não? No meu ouvido, o Exaltassamba cantava:

“Tudo bem! Um dia vai o outro vem!...
Você deve estar pensando em outro alguém,
Mas se ele te merecesse não estaria aqui.
Não!... Não!... Não!...

Ou talvez você não queira se envolver.
Magoada, tá com medo de sofrer.
Se me der uma chance não vai se arrepender.
Não! Não! Não! Não! Não!

(...)Que coisa louca, eu já sabia!
Enquanto eu me arrumava algo me dizia:
"Você vai encontrar alguém que vai mudar
A sua vida inteira da noite pro dia!"

Que música de gente carente! Pois é... fases. Ainda no caminho de volta pra casa, aparece o incrível Lobão. Eu adoro!! Em particular algumas músicas. Cada uma com seu efeito. “Corações Psicodélicos” me faz andar mais rápido, fazendo batuque em qualquer coisa. Pra quem não sabe qual é:

“Hoje é festa na floresta, toda tribo ateia som
Toda taba ateia sol, só tomando água de coco
Infeliz de quem tá triste
No meio dessa confusão

Infeliz de quem tá triste que não conhece essa música, isso sim!! E a mais linda, aquela que definitivamente me acalma e me conquista. Com vocês, “Por tudo que for”:

“Ver você, ter você
E querer mais de nós dois não tem nada demais
E pensar
Você aparecer
Pela janela tão bonita de manhã
Vem pra mim e não vai mais
Me abraça, me abraça, me abraça
Por tudo que for...

Lindo demais, vai dizer?

Ainda passo por Engenheiros do Hawaii (claro!), Pouca Vogal, Maria Rita, Seu Jorge com e sem Farofa Carioca, Aeromsmith. E sigo andando... mudando meu ritmo com toda a variedade musical que me cabe.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Falando da vida


Não me julguem mal, mas tenho preguiça de pessoas felizes demais. E das tristes demais também. Calma, a felicidade alheia não me incomoda assim. O que realmente me irrita são as pessoas que precisam contar para o mundo inteiro que estão “suuuuuuuuuuuper felizesssssssssss”. Isso te soa verdadeiro?

No facebook rola um desfile de falsas felicidades o tempo todo. Basta dar uma passadinha por lá pra ver pessoas falando que a noite passada foi ma-ra-vi-lho-sa – mesmo tendo ficado em casa vendo um filme pela enésima vez. Ou falando que as amigas valem ouro e que ama do fuuuundo do coração todas elas, aliás, as mesmas que xinga muitas vezes, mas pelas costas, claro. Existem aquelas que falam que o namorado é o mais lindo e fofo do mundooooooo, sem imaginar que ele pode estar lendo isso no computador da ‘outra’.

Ainda tem aquelas pessoas que mandam recadinhos. Essas são divertidas! Vale a pena rir dessas!! No top está: “sua inveja faz a minha fama”. Vai dizer que não é merecedor de boas risadas?

Acabo de dar uma passadinha lá no facebook e li alguns posts: “Morrendo de sono” – sai do computador de vai dormir, oras! Ou, “Estudando” – aham, to vendo, conta outra! Tem várias contagens regressivas sem explicações. “Faltam 984759684 dias”, e???

Gentem, não sou mal humorada assim, quem pensa isso deu outra entonação na leitura. Só acho que tem gente que leva uma rede social muito a sério. Não precisa expor a vida lá, é um passatempo, uma brincadeira, eu diria. Melhor que ficar escrevendo sobre a sua vida, acreditem, é vivê-la.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Lado B



Admiro as pessoas que conhecem o lado B de um disco. Tudo bem, isso pode ter soado um pouco antigo para os dias de hoje. Mas vejam que “Lado B” virou até expressão, e pode ser usada agora por pessoas que não tem nem idéia de onde surgiu. Como eu sou do tempo da boa e velha bolachona de vinil, falo Lado B sabendo exatamente do que se trata.

E eu acredito que uma pessoa pode falar que realmente gosta de alguma banda, cantor ou cantora, só depois de conhecer o lado B dos seus discos. Tem muita gente por aí dizendo que adoooora Legião Urbana, por exemplo, porque conhece Pais e Filhos. Conselho: escuta um disco, um cd, até o final. Aquela música que você não gosta muito do começo, experimenta ouvir. Ela faz parte da história de quem está cantando.

As pessoas não tem idéia de quantas jóias musicais estão escondidas nas faixas que não tocam nas rádios. Vale muito a pena pesquisar sobre uma banda que se simpatiza. Digo isso porque já fiz e me surpreendi bastante.

Não, não foi com Legião Urbana, foi só um exemplo mesmo. Só pra não ficar puxando sardinha pra banda que amo. Aliás, puxar sardinha também uma expressão antiqüíssima. E essa não é do meu tempo!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Portfólio


Então resolvi fazer um portfólio. Sempre achei muito legal quem tem um. Quem tem a reunião dos seus trabalhos para apresentar a quem possa interessar.

Pra quem não sabe, faço um trabalhinho gráfico aqui, outro ali, há anos. Na verdade desde que estava na faculdade. Naquela época ganhava chocolate em troca desses trabalhos. Logo eu, que sou uma exceção entre as mulheres e não sou lá muito chegada nesse doce. Mas minha irmã bem que gostava desses pagamentos.

Então comecei juntando tudo que já fiz. Lááá do comecinho. E me deparo com trabalhos amadores, que chegam até a ser bonitinhos. Sim, porque eu recém tinha aprendido a mexer em programas gráficos, vamos dar um desconto então. Mas fico na dúvida se eles entram no meu super portfólio ou não.

Ok. Juntei alguns materiais. E agora? Pesquisei na internet, onde me deparei com meu primeiro resultado: “esqueça o portfólio impresso”. Maravilha. Mas ignorei isso e continuei. Li que “eu tenho que me agradar acima de tudo” – isso serve pra muita coisa na vida, não? Muito profundo.

Então tive a brilhante idéia de fazer uma logo para mim mesma. Abri o Corel Draw e tá lá até agora, com uma folha cheia de Marianas escrito, com várias fontes, mas nenhuma idéia. Assim, minha idéia de portfólio travou. Penso em pedir ajuda para outra pessoa que faz os mesmos tipos de trabalhos que eu, porque, definitivamente, sou uma cliente muito chata e eu não tenho paciência comigo.

Assim que me decidir sobre isso, posto a tal logo por aqui. Por enquanto fico aqui maquinando e aceitando sugestões.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Carência


E mais um sentimento vem com tudo. Pensando numa cor, acho ela um pouco cor de rosa. Mas na verdade a carência vem deixando tudo mais colorido. Sim. Ela deixa o mundo diferente. Às vezes nos faz ver beleza em quem nunca reparamos. Ela faz a distância entre as pessoas aumentarem. Ela faz tudo ficar mais delicado, os olhos mais chorosos, a voz mais tremida.

Fecho os olhos pra deixar a lágrima escorrer e, quando os abro, vejo que o mundo continua o mesmo. Nas suas quase cores de sempre, no seu quase preto e branco de costume.

Mas aquele aperto está aqui ainda, incomodando aqui dentro, não sei bem onde. E ele traz um vazio, uma sensação de estar sozinha. Mesmo em rodas de amigos, mesmo em uma multidão... sozinha. Isso tudo porque você não está aqui. E, enquanto não está, meus pés estão firmes no chão, nada me faz viajar.

Mas basta você aparecer para o coração acelerar, a boca secar, e meus pés começarem a não sentir mais o chão. E a cada menor sinal seu, tudo se repete. A tal da carência vem com todo seu colorido, me deixando insegura. E o aperto é ainda maior. Porque você está aqui mas ainda estou sozinha no meu mundo pálido.

domingo, 26 de junho de 2011

Operando


Eis que finalmente tomei coragem e fiz minha cirurgia de otoplastia. Pra quem não sabe, otoplastia é a cirurgia da orelha, aquela que conserta a famosa orelha de abano, dumbo, açucareiro, fusca com portas abertas, entre inúmeros nomes dado às orelhas que brigaram com a cabeça e se separaram.

Preparação dez dias antes, com alguns remédios, e chega o grande dia! Chegando na clínica na hora marcada, com a antecedência pedida, tomei um belo chá de cadeira, até a chegada da mocinha com a roupa que eu tinha que colocar, se é que aquilo pode ser chamado de roupa. Até onde eu sei, as roupas servem pra vestir alguma coisa, e aquela coisa não veste nada! Mas tudo bem, vamos lá, vesti aquilo, coloquei meia e toquinha – um charme – e fui andando até a sala de cirurgia. Detalhe para minhas mãos segurando a tal roupa na parte de trás, que é toda aberta. Me senti o Jack Nicholson no filme “Alguém tem que ceder”.

Chegando na tal sala, deitei e comecei a ficar nervosa. Tudo é de metal. Só tinha visto tudo aquilo pela televisão. Mas logo chega o anestesista com uma seringa que me faria dormir neném. Enquanto ele aplicava o “remedinho”, eu perguntava se o efeito era imediato. Ele disse que sim, mas não foi. Falei pra ele isso, ele riu. E continuei acompanhando as meninas arrumando todos os instrumentos nas mesas de metal barulhentas que só. Até que dei uma virada na cabeça que as imagens vieram mais arrastadas, quase que acompanhadas de um arco íris. Ê beleza, era o sedativo fazendo efeito. Na hora já perguntei se eles por acaso não teriam um daqueles para eu levar pra viagem, mas pelo jeito não tinham. Uma pomada foi passada nos meus olhos, quando eles estavam meio fechados. Não entendi pra que aquilo, mas não tinha muita condição de perguntar na hora.

Engraçado que me lembro de sentir a cirurgia. Mas não sentir dor. Dor nenhuma! Eu sentia que tinha gente mexendo em mim, era como um cafuné. Me lembro também de ter conversado um pouco com o pessoal por lá. Perguntei quantos pontos estavam dando, mas não tenho nem idéia da resposta. Espero não ter falado nenhuma besteira... ou pelo menos que tenha divertido a equipe.

Acordando, dei de cara com uma menina que estudei na adolescência. Perguntei se eu estava doidona ou ela era ela mesma. Haha! A resposta: as duas coisas, você está doidona e eu sou eu sim. Muito bom. Cada lugar que a gente encontra com pessoas conhecidas, não??

E vamos pro quarto. Mas, dessa vez, na cama. Ainda bem, acredito que não teria segurado a roupa na parte de trás. Passei o dia meio tonta, disseram que era normal, ufa.

Depois de duas refeições, várias horas, volto no mesmo dia para casa. Dor nenhuma! Tudo amortecido. Dormir é chato, tem que ser a noite todinha de barriga pra cima. Não tem condições de virar a cabeça. As orelhas estão inchadas e me sinto com um capacete de pólo. Ótima associação. Dores? Sim. Nos próximos dias, muita dor, mas o pensamento sempre firmando que são poucos dias para o efeito que durará o resto da minha vida. Para completar a brincadeira, um dos remédios não reage muito bem, me causando um vermelhidão no rosto. Sim!! No rosto! Além de estar inchada, estou vermelha e coçando! Mas o pensamento continua o mesmo, daqui a pouco tudo isso passa.

E cá estou, cinco dias depois da cirurgia, sem dores, apenas com uma sensação diferente nas orelhas, com o rosto bem vermelho e coçando – calma, já suspendi o tal remédio. Um pouco de inchaço ainda, mas cada dia melhorando mais. Orelha de dumbo, nunca mais!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meu Santintonho


Ontem foi dia dos namorados. Passei a maior parte do dia dormindo. Não por birra, mas por conta de um churrasco no dia anterior que foi até quase de manhã. Juntando a preguiça com o frio que faz nessa cidade, ficou bem complicado sair da cama. Ah sim, e fiquei esse tempo todo na cama sozinha. Não completamente, Dalila me faz muita companhia. Esse ano foi um pouco diferente, não ouvi nenhum comentário sobre eu estar solteira, sobre a vantagem de não precisar gastar com presente – mas também não ganhar. Prefiro assim. Tem gente que pensa que me incomodo demais em estar solteira. Na verdade não. O que me incomoda realmente são os votos clássicos de pessoas mais velhas, falando que no próximo ano estarei com um amor, que eu sou tão bonita, tão inteligente, que eu não preciso me preocupar, que daqui a pouco aparece O cara. Ai, Jesus, mal consigo escutar isso sem virar os olhos. Mas respiro fundo, conto até 10 e rio. Apenas sorrio para a pessoa, sem falar nada, sem responder. Melhor assim, se eu abrir a boca, corre o risco de sair o que não deve.

E o dia dos namorados passou. Foi ontem. Hoje é dia 13 de junho. Pode ser um dia pior ainda. Porque é dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Ou seja, dia dos solteiros, encalhados e afins. E mais uma vez, esse ano foi diferente. Minha mãe sempre dá uma cutucadinha perguntando se eu não vou lá no Centro comprar um pedaço de bolo, porque vai que tem um santinho nesse pedaço, sinal que eu vou casar. E esse ano, nada desses comentários. Bom, muito bom assim. Me divirto bastante assistindo em tudo que é tipo de programa as mais diferentes simpatias para arrumar um namorado. Mais engraçado ainda é pensar que tem gente que faz isso e pior, acredita! Realmente, eu arrumarei um namorado só porque a agulha que eu joguei numa bacia cheia de água com açúcar apontou para isso. Desculpa aí, mas tenho mais no que pensar.

E enfim, o dia dos namorados passou, o dia de Santintonho está no final, e Dalila continua aqui na minha cama, do meu lado, roncando que só... me fazendo companhia como sempre. Vamos tocar a vida, que não depende de estar casada ou solteira.

ps.: o Santo Antônio está de ponta cabeça propositalmente. Reza a lenda que fazendo isso – uma tortura – ele arruma um marido pra gente desvirar ele logo. Isso não dá trabalho. Então, tai minha parte!

terça-feira, 24 de maio de 2011

E agora?


Como mudar de ares faz bem!!

Passei alguns dias no Rio de Janeiro e voltei mais empolgada, com gás novo mesmo. Com saudades de casa também. Como disse uma amiga carioca: a melhor parte da viagem é a volta.

Rever amigas foi muito bom, botar toda a fofoca em dia, acompanhado de uma cervejinha gelada então, nem se fala! O clima do Rio é muito bom também. Praia, sol, calor – comparando com Curitiba lá estava muito quente sim. Fui bem mimada, e não nego que adorei.

Constatei que o Rio de Janeiro continua lindo... mas que Curitiba é o meu lugar. É tão bom estar de novo no meu cantinho, com as minhas coisas.

Mas é aí que eu me deparo com o mundo real e penso no que vai ser da minha vida a partir de agora. Já respirei um arzinho diferente esses dias, descansei (ou cansei), e agora preciso agir. Larguei o emprego sem ter nada em vista. Um risco que decidi correr, e agora está na hora de encarar isso.

São muitas as opções, todas elas bastante trabalhosas. Mas dizem que é assim que as coisas compensam mais, né? Então rezo para que uma mega inspiração apareça, que eu saiba aproveitar as oportunidades da melhor maneira possível, e bora fazer sucesso na vida!!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Homens e mulheres


Já comentei aqui que torço muito para que na minha próxima encarnação eu nasça homem? Pois é. Não que eu não goste de ser mulher, é legal, mas às vezes páro pra pensar e acho que os homens são mais tranqüilos, mais fáceis.

Conversei com uma amiga sobre isso, e ela já colocou vários poréns nesse meu pedido. E se você nascer feio? E se você nascer baixinho? E se você nascer não muito privilegiado pela natureza? É um risco que se corre. Se eu nascer feio, que pelo menos eu seja gostoso. Se nascer baixinho... bom, que eu saiba ser charmoso. Já para o terceiro problema não sei a solução, se é que existe, acho que não.

Mas vejam bem, mulheres precisam fazer pé e mão, enquanto o homem precisa cortar as unhas apenas. Mulheres se depilam; homens aparam os pêlos. Mulheres usam salto – ok, é bonito, aliás, é lindo, mas os pés doem demaaaaaais – homens sempre de sapato baixo (ainda bem). Mulheres precisam se maquiar, e acreditem, tem umas que realmente precisam disso, enquanto os homens precisam de água no rosto e uma bela loção pós-barba. Mulheres cortam o cabelo, pintam, fazem penteados diferentes, escova progressiva, de chocolate, de brilho, e tudo quanto é de sabor. E o homem? Corta. Alguns só passam a máquina e tá bonito. Cabelos brancos em homem é charme, em mulher, descuido. Em festas, mulheres passam o dia todo no salão, fazendo uma super produção, enquanto o homem está em casa dormindo pra agüentar bem a noite. Meia hora antes de sair, o homem vai tomar banho, troca de roupa e tá lindão. Sem contar no pós evento, que, enquanto a mulher está desmontando o cabelo, a maquiagem, o homem já colocou o pijama e dorme neném. Aliás, homens mal usam pijama!

Isso tudo sem contar o detalhe do xixi em pé. Muito mais higiênico, mais rápido, mais legal! As amizades entre homens me parecem mais verdadeiras. Tem mais lealdade ali. Homem não briga com o amigo por causa de mulher. Não fica inseguro com isso.

E homens, nem me venham com o argumento de ter que fazer a barba quase todos os dias, usar gravata, isso não cola mais! A minha lista é muito maior e mais fundamentada.

Ainda mais com essa onda de que as mulheres estão cada vez mais independentes, têm seus empregos, suas fontes de renda, dividem as contas, vai dizer, não deve ser muito mais legal ser homem?

terça-feira, 17 de maio de 2011

E as voltas?


E as voltas que o mundo dá, hein? Até pouco tempo atrás eu me via cercada de amigos, todos sem grandes preocupações, inclusive eu. Não tenho do que reclamar, porque ainda tenho muitos amigos. Mas alguns deles não me cercam mais. Estão lá longe.

Tenho amigos na Argentina, em Los Angeles, na Califórnia... gente que eu conheço espalhadas pelo mundo! A amizade não diminui não, mas essa coisa de se ver fica inviável, eu diria. O esquema é esperar que eles voltem pro Brasil mesmo.

E as ocupações e preocupações? Mudaram demais também! Emprego, dinheiro pra pagar as contas, família, marido, filhos, saúde... é uma lista imensa, e com o tempo tende a crescer ainda mais.

Mas da mesma forma que algumas pessoas se vão, outras voltam. Depois de certa idade – me sinto tão velha escrevendo assim – a gente fica mais saudosista. Ou isso acontece só comigo? Creio que não. Reencontrar pessoas que fizeram parte da nossa vida tem um gostinho especial. Saber que elas estão felizes, que lidam bem com as novas preocupações da vida, tudo isso me faz muito bem. Renova. Dá forças.

Quando falam que o mundo dá voltas... Acredite! Ele realmente dá. E as coisas acontecem numa velocidade que às vezes fica difícil de acompanhar. E quando se vê, estamos lá do outro lado do mundo.

(...)Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos! (...)

Mario Quintana

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Acabou


Passei um mês inteiro contando as horas e os dias de trabalho. Tudo isso porque estava cumprindo o tal do aviso prévio. Sem dúvida, foi o mês que mais demorou pra passar. E hoje chegou ao final. Aquele alívio absurdo que eu acreditei sentir foi substituído por um aperto, uma sensação estranha e difícil de explicar.

Comentei no post passado que me apeguei às pessoas. E me decepcionei com outras. Essas pessoas que me desapontaram, eu tenho que agradecer, porque é graças a elas que me sinto feliz, bem certa da decisão tomada. Mas hoje passei o dia pensando nas pessoas que me ajudaram, que me ouviram. E então bate uma espécie e de tristeza. Porque elas não farão mais parte do meu convívio diário. Quero muito que façam parte da minha vida, mas sei que isso pode não acontecer por conta do universo.

Quando chegou a hora de ir embora, eu estava feliz por ter acabado. Mas foi só eu começar a dar tchau para todos que, em meio abraços, beijos e desejos de sucesso, veio um frio na barriga, o coração deu uma aceleradinha e, no caminho de volta pra casa a ficha caiu, e eu percebi que minha vida vai mudar.

E é assim. A vida é feita de ciclos e um deles foi encerrado hoje. Ainda me sinto meio vazia e acredito que isso vá durar um tempo. Mas ao mesmo tempo, feliz, por ter conhecido pessoas que valeram a pena e que quero que façam parte da minha história. Agora concluo mais um capítulo, viro a página e continuo escrevendo...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Tá chegando a hora...


Está chegando o final do aviso. Me sinto aliviada sim, mas ao mesmo tempo com um aperto no coração que só cresce.

Foi pouco tempo. Quatro meses só. Perto de uma vida, não é nada. Vendo assim, parece que não faz sentido eu ter passado por isso. Mas sentindo esse apertinho, tenho certeza que sim, valeu a pena!! E muito!!

Conheci pessoas maravilhosas! Algumas delas tenho certeza que levarei para a vida, e isso me deixa mais confortável. Outras infelizmente sei que ficarão na saudade, a vida tem disso também.

Não imaginei que me sentiria assim. Feliz e triste ao mesmo tempo. Com vontade de levar na mala algumas pessoas comigo. Como pode a gente se apegar tanto assim?

Aprendi muito também. Isso mesmo, em quatro meses. Todo mundo tem muito a ensinar. Adoro aprender assim. Me decepcionei com algumas pessoas, mas dizem que isso também faz parte. Uma parte bem chata, eu diria.

Mas o saldo é positivo e isso que importa! Durante esse mês, parece que me aproximei mais de todos, e isso faz as coisas serem um pouco mais difíceis. Me acostumei a ter essas pessoas na minha vida, rindo, reclamando, xingando até. A saudade já bate mesmo ainda tendo três dias de trabalho. Mas esse é mais um ciclo que está se encerrando, me preparando para a próxima etapa. E vamo que vamo.

domingo, 1 de maio de 2011

Na pobreza????


Não se fala em outra coisa. Ligo a TV, e lá estão eles. Abro o jornal, e mais matérias sobre o mais novo casal. Casal assim, casado. O casamento de Harry e Kate foi assunto no mundo inteiro. O casório foi semana passada. Confesso que vi muito pouco sobre isso. Primeiro, porque mal vejo TV, e também porque cada vez que começam a falar sobre isso eu troco de canal. Não por nada, mas é que cansa né?

Lógico que vi os modelitos das pessoas ricas. Sou curiosa. O vestido da noiva estava lindo demais! O mundo reparou que o príncipe já está ficando careca. Os chapéus davam um charme à festa. Uns de muito bom gosto, outros beirando o ridículo, cada pessoa no seu estilo, não é? Depois ainda teve a festa, mais roupas diferentes. O vestido da Kate tinha um cinto de diamantes!! Não tem nem muito o que comentar.

Todo esse luxo, toda formalidade que eu nem sabia que existia, e uma amiga faz uma observação interessante. Em todo casamento (ou quase todo), tem aquela fala dos noivos: fulano de tal, te aceito como meu legitimo esposo e prometo ser fiel, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te por todos os dias da minha vida. No casamento do príncipe foi assim também. Mas, peraí... na riqueza e na pobreza???? Qual a chance de um príncipe ficar pobre?? Dispensável esse pedacinho, não? Bem observado, amiga Mari, obrigada! Mais um post saiu depois dessa conversa!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Futuro


“Queria dar um pulinho lá no futuro. Não preciso ficar muito tempo, só dar uma espiadinha mesmo.” Escrevi isso em uma conversa virtual dia desses e depois fiquei imaginando como seria se pudéssemos realmente fazer isso.

Queria ver como estarei daqui uns dez anos. Saber se as escolhas que fiz e faço são as certas, ou, pelo menos, se não são tão erradas assim. Será que aos 40 anos eu estarei trabalhando em algo que goste? Será que eu vou estar casada? Com filhos?? Tanta coisa pra saber, ainda mais pra alguém curiosa como eu.

Quando estava na escola, numa aula de religião – estudei muitos anos em colégio de freira e depois em colégio de padre – o professor pediu para que fizéssemos um texto narrando como seria nossa vida dali alguns anos. Pode até ser que com 30 anos. Naquela época eu achava pessoas de trinta muito adultas e sérias. Era uma idade que demoraria a chegar. Parecia um futuro bem distante. Agora que eu tenho 30 (e passou rápido), não tenho a menor idéia de onde aquele papel com a redação possa estar. Aliás, acho que está no lixo, ou melhor, já deve ter sido reciclado e agora pode servir para outra criança escrever sobre o seu futuro com 30 anos. Enfim.

Tenho certeza que eu escrevi que estaria casada, porque eu não conseguiria, naquela época, imaginar uma pessoa com essa idade solteira e sem filhos. Me lembro que sempre falava que queria me casar aos 22, imaginem só!

É... talvez essa espiadinha no futuro que eu tanto quero acabasse deixando a vida sem graça. Não haveria surpresas, e ainda eu poderia fazer outras escolhas (SERÁ?). Não, não... eu saberia como é o futuro e não poderia mudar isso. Ai ai, muito complexo isso. A agonia poderia ser absurda!

Fato é que isso não acontece e nem nunca acontecerá. Então a gente vive bem, aproveita tudo pra poder se orgulhar do passado e fazer um futuro bonito.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Turistando

É feriadão e eu não viajei. Mais uma vez. Mas não fui porque não quis mesmo, porque acho que não ando o clima de praia, ou porque quero ficar de bobeira, da cama pro sofá, vai saber.

E daí que é Sexta-feira Santa e nada abre. Naaaada assim também não. Mas a maioria do comércio fecha as portas sim. O sol lindo lá fora, eu querendo sair de casa... mas pra onde? Pensei em ir no Museu do Olho, mas hoje é o único dia que fecha. Maravilha.

Idéia: vamos turistar. Sim, vamos, porque, mais uma vez, minha irmã querida foi comigo! E lá fomos nós para o Centro da cidade bater perna. Com o comércio fechado mesmo, tem problema não. Tinha muita gente na rua, turistas e vendedores ambulantes.

Começamos pela Praça Osório, na feira de Páscoa. Tudo artesanal, embalagens com coelhos, cenouras, ovos de todos os tamanhos. Aí fomos andar um pouco, pela Rua XV, onde havia muitos vendedores ambulantes, músicos tocando e vendendo seus CDs. Andando chegamos ao Passo da Liberdade, depois fomos à Catedral, onde tinha muuuuita gente. Primeiro porque estava acontecendo uma missa. Mas também porque ali é ponto da linha de turismo da cidade, com uma fila bem grandona, que desanimava até. Fomos até confundidas com turistas quando estávamos comprando uma blusinha de um camelô. Sim sim, se eu gosto, tem preço bacana, eu compro, independente da fonte.

Voltando passamos na Praça da Espanha, vazia. Depois fomos tomar um sorvetinho bááásico e voltamos para casa. Nisso, o céu estava ficando cinza, porque Curitiba é assim. Dia muito bem aproveitado, eu diria. Fazia muito tempo que eu não andava no Centro assim, sem rumo.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Busão


Andar de ônibus em horário de pico é um saco. Ui, que raiva que eu tenho disso. Mas, para não pensar assim, tão negativamente, começo a prestar mais atenção nas pessoas que estão ali, empilhadas, no coletivo. Cada figura...

Cenas clássicas que vemos em um ônibus: gente comendo pipoca. No Centro da cidade tem uns carrinhos de pipoca, e tem gente que compra antes de ir pra casa – ou sabedeus para onde estão indo. Daí que o ônibus está lotadão e chega uma pessoa com um saquinho todo engordurado na mão. São duas as opções de sabor: bacon e chocolate, ambas com cheiro terrivelmente enjoativos. A pessoa normalmente se abraça num dos canos do ônibus, para as mãos ficarem livres para comer. Higiene zero. Um horror.

Outra cena clássica: eu sentada – ok, isso é um tanto raro – e chega uma mulher em pé com uma criança de aproximadamente dez anos no colo. E ainda me olha de cara feia. Acho que ela não entendeu que a gente deve dar o lugar para pessoas com crianças DE colo, e não No colo. Finjo que não é comigo (que feio) e está tudo bem.

Dia desses eu cruzei a cidade toda perto de dois caras que passaram quase uma hora falando mal de tudo e de todos. Você me pergunta: e por que não mudou de lugar? Respondo: quando não se está sentada, é muito difícil conseguir um lugarzinho onde o equilíbrio é fácil. Se acho um lugar desses, saio não! E era esse o caso.

Já voltei para casa ouvindo uma mulher pregando, em voz altíssima. Como religião não se discute, deixei ela falar achando que converteria alguém. Até onde eu fui, ninguém gritou “Amém irmã!!!” Nesses casos, coloco meus fones de ouvido, aumento o volume e esqueço o mundo.

Hoje tinha uma figura que passou boa parte do caminho falando no celular. E todo mundo ouvindo. Ela só parou um pouco na hora em que pensou estar no ônibus errado. Como pode?!?!

E assim vai. Todos os dias os ônibus estão superlotados de pessoas apressadas, indo ou vindo, lendo, ouvindo música, comendo, bebendo. Sempre tantas pessoas... e todas tão diferentes. Daria um bom livro falar de algumas delas, criar personagens. Seria comédia, claro.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Chega!!


Assistindo o jornal da noite me pego diante de um mundo de tragédias e más notícias. Nem a previsão do tempo trouxe coisa boa pra Curitiba.

Hoje pela manhã vi nas manchetes de um jornal a câmera de vigilância de um prédio que filmou uma pessoa dentro de um carro atirando em dois caras na rua. Levei um susto! Susto daqueles acompanhados de um gritinho e mão na boca de total espanto! Sim, isso passou pela parte da manhã, horário em que muitas crianças estão na frente da TV. Será que não pensam mais nisso?

Agora pela noite, acabo de ver uma reportagem sobre um peão, desses que montam em touros, que foi pisoteado pelo bicho. Ele saiu andando, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Logo depois de falarem isso, o jornalista fala: veja agora, em câmera lenta... Meu Deus!!!! Quem disse que eu quero ver essa cena passando mais devagar? A TV anda muito bizarra mesmo. E dizem que isso que dá audiência. Mas me conte, e que opção temos? Todos os jornais andam apelando assim.

O jeito é ter TV por assinatura mesmo. Só assim poderemos fugir um pouco dessa realidade absurda, dessa violência explícita e em câmera lenta, para que nenhum detalhe passe desapercebido. Que absurdo....

Quero saber das coisas boas que acontecem no mundo! Quero que essas cosias tenham mais destaques, que as pessoas dêem mais importância para o bem!

“Ah... vida real... como é que eu troco de canal?” HG

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mais uma


E então domingo fomos em mais uma peça de teatro. O Festival de Curitiba acabava naquele dia, logo não poderia passar em branco.

Sei que demorei um pouco para escrever sobre isso, mas a peça era fofa (ok, às vezes meus adjetivos se tornam repetitivos) então me sinto na obrigação de dividir isso.

A peça escolhida: “Cordel do Amor Sem Fim”. Era uma companhia carioca, apresentando uma peça baiana no Festival de Curitiba, como disse uma das atrizes.

Era uma peça que falava sobre uma mulher que gostava de um homem que, por sua vez, gostava de outra mulher que, adivinhem, gostava de outro. Tudo feito com muito bom humor.

Havia dois narradores que, no decorrer da peça, subiam no palco e interagiam na peça, mas sem alterar a história.

Divertidíssima, sem exageros nas piadas, coisa que eu admiro, acredito que encerramos o Festival 2011 com chave de ouro. Mais uma vez, aplausos em pé. E sim, merecidos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tietagem

Ontem a noite relembrei minha adolescência. Fui em uma sessão de autógrafos com Humberto Gessinger, agora como escritor. Pra quem não sabe ou não lembra, ele era o vocalista dos Engenheiros do Hawaii. Era, no passado, porque a banda tá dando um tempo, aliás, por tempo indeterminado.

Bem me lembro... Engenheiros foi o primeiro show que eu fui. Ok, o primeirão mesmo não, que foram os Menudos, mas eu era criança e não conta, certo? Então, voltando, os Engenheiros foi o meu primeiro show por escolha própria. Eu tinha 13 anos, e fiquei colada no palco. Adorei!!! Em seguida me lembro que não parava de escutar eles. Depois disso foram mais de dez shows, todos eles maravilhosos. Muitos autógrafos, muitas fotos, tietagem total. E eu adorava isso. Engenheiros vem pra cidade. Era uma festa!

E agora ele é escritor. Confesso que nunca li nenhum livro dele. Mas como sempre gostei dele como compositor, acreditei não haver erro como escritor. E realmente não teve. Compramos os dois livros dele e já comecei a ler um deles. Sim, compramos, eu e minha irmã, companheira de tietagem. Comecei a ler pelo segundo livro, mas como ele mesmo escreve, que não é bem uma sequência, me senti a vontade de começar pelo final, ou pelo meio, vai saber.

“Mapas do Acaso” é o nome do livro e também de uma música, muito boa por sinal (sou suspeita pra falar), de um cd lançado em 1993, melhor dizendo, de um LP lançado nesse ano. Bom saber que o passado continua vivo até agora. Que o passado é presente.

Enfim, antes de começarem os autógrafos, Humberto Gessinger respondeu algumas perguntas feitas pelos fãs e/ou curiosos por lá. Achei ele muito simpático. Fazendo piadinhas, dando risadas, muito bom. Quando ele era líder da banda achava ele meio estrelinha demais, se é que dá pra entender. Não era muito de papo. Será que com o decorrer dos anos as pessoas vão ficando melhor? Tomára, assim ainda há esperança para mim.

Com autógrafo bonitinho, e ainda a minha cobrança para ele me responder no twitter (e a esperança que isso realmente aconteça), fomos embora, felizes da vida, com leituras novas a vista.

Tá aí o resultado e a prova da tietagem depois de velha. Velha não, mais madura!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Teatro


Adoro teatro. Adoro o Festival de Teatro de Curitiba. Pra completar, minha irmã gosta ainda mais disso. Logo, sempre aproveitamos para ir em várias peças durante a semana do Festival.

Esse final de semana que passou fomos em três peças. Vamos a elas!

Sábado: “Música para Cortar os Pulsos”. Nome meio deprê, concordo. Mas a peça é bacana! Isso que importa, né? Pesquisei antes para saber do que se tratava, vi que tem um blog sobre a peça e muitos comentários. Entre eles, que era uma peça muito boa para jovens. Quando a peça começou, vi que eram três atores novos, novos de idade quero dizer. Minha irmã já achava então que se tratava de um teatro estilo Malhação. Mas para nossa surpresa não era. Eu tinha receio que eles começassem a cantar, por causa do título da peça, coisa que também não aconteceu, para meu alívio. Os trechos de música eram todos falados, no meio do texto. Isso deixou eles mais poéticos ainda. A peça se tratava basicamente de desilusão amorosa, em diferentes tipos de relacionamentos: desilusão pelo término de um namoro, pela paixão não correspondida e pelo amor platônico de um gay pelo seu amigo hetero. Tudo tratado de uma maneira fofa. Teve gente na platéia que se debulhou de chorar. Não, não foi meu caso. Mas entendo, às vezes as pessoas se identificam com as situações, daí já viu né? Saí da peça satisfeita pelo que tinha acabado de ver. Começamos o Festival de 2011 com o pé direito.

Domingo: domingo sempre foi um dia preguiçoso... mas não para o teatro!! Fomos em mais peças. Sim, no plural, domingo foram duas.

“Brasileirinhos, uma História Reinventada”. Se eu achei a peça do sábado fofa, não sei nem como me referir a essa. Era uma técnica diferente, chamada Teatro Negro. Já tinha visto isso na TV, mas ao vivo confesso que não. Fiquei completamente fascinada pelo efeito das cores e luzes! A história é sobre um palhaço que se apaixona por uma boneca de pano, dizia a sinopse. Chegamos no teatro e vi que tinha muita criança por lá. Já comecei a ficar invocada com isso. Calma, eu gosto de crianças, mas longe de teatros e cinemas, porque elas não sabem se comportar onde precisa fazer silêncio. Ainda bem que as luzes e cores não impressionaram só a mim, as crianças incrivelmente se comportaram muito bem. Quase não havia diálogo na peça. Eram músicas de Toquinho, Vinícius e Chico Buarque que completavam o espetáculo. A platéia cantou junto, riu, bateu palma. A minha vontade era de pular no palco, pegar aquele palhaço e levar pra casa. Me peguei várias vezes de boca aberta e sorrindo, porque era tudo muito mágico. Palmas de pé, muito merecidas!

Ainda no domingo, fomos ver “Trilhas Sonoras de Amor Perdidas”, da mostra contemporânea, que são peças mais compridas, em teatros maiores, mais caras e que normalmente tem algum ator famoso. Essa era com Guilherme Weber dando um show de interpretação. Foram três horas de peça – sim, três horas!! – sobre o relacionamento do protagonista com Soninho, interpretada por Natália Lage. Tudo isso regado a muitas músicas, todas no estilo lado B, mas muito boas. A peça é toda baseada em fitas gravadas para todas as ocasiões, desde lavar pratos até fita para terminar um relacionamento. Com pitadas de humor muito bem feitas, sem nenhum exagero, a peça se tornou mais leve de ser assistida. Confesso que muito longa, e que no final o sono bateu bem forte. Mas isso foi por conta de uma noite curta de sono. Mais uma vez, a platéia aplaudiu de pé. Merecedores.

E essa semana tem mais!! O Festival de Teatro vai até domingo que vem. Espero continuar com essa sorte na escolha das peças. É isso aí, começamos mesmo o Festival com o pé direito.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Manual


Dias desses aí eu reli um e-mail antigo que só, cujo título era “Manual de etiqueta na vida noturna”, e era separado entre homens e mulheres, o que cada um devia e não devia fazer. Concordei com a maioria do que estava escrito ali. Deixa eu dividir isso com vocês então.

Começa falando que os homens devem ir com menos freqüência em bares, para, quando levar alguém, não chegar cumprimentando todos os garçons. Não concordo! Sim, até porque eu mesma chego em alguns bares e conheço os garçons pelo nome. E não acho isso nada feio.

Tem uma ótima: Quando rir, ou contar uma história, faça isso em um tom de voz compatível com a música da casa. Não tem coisa pior que sair com gente escandalosa, seja homem ou mulher! Quer que todo mundo escute o que fala? Faça uma palestra!

Lá pelas tantas, está escrito: A persistência de um homem em relação a mulher é inaceitável. Opa, opa, opa! Péra lá!! Não sejamos radicais assim. O homem tem que saber que quase toda mulher faz um pouco de doce por charme. Mas mulheres, também não vamos exagerar! A paciência dos homens tem limite! Tudo muito complexo...

Vamos então à parte do manual para mulheres.

Os homens já sabem que quanto maior o decote, maior a depressão, diz o manual. Como assim?? Não acredito nisso. Tem muita mulher que quer se aparecer mesmo, ou mostrar a prótese nova. O que mais se vê na noite são decotes e minis-coisas (mini saia, mini vestido, mini shorts, mini vergonha).

Se estiver interessada no moçoilo que tá investindo, mostre isso aos poucos. Sim!!! Mulher tem que dar a entender ao homem que quer sim!! Acredite, eles não sabem ler mensagens subliminares. Mas uma dica importantíssima: evite babar na frente do homem. Não entregar o ouro assim, de bandeja, é fundamental.

Para ambos os sexos, os assuntos que estão estritamente proibidos nos primeiros encontros: casamento, filhos (quantidade e nomes), conhecer a família, ex-maridos/esposas e ex-namorados (as). Não precisa nem desse aviso né? Se bem que de gente doida o mundo tá cheio.

Eu cumpro direitinho esse manual. Me comporto muito bem, obrigada. E mesmo assim o tal do príncipe encantado não vem! Como diz a Tati Bernardi (vide Google): “(...)E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Tá, confesso.


Como é difícil te esperar. Ficar aguardando um oi simples, só pra saber se você está bem. Se você continua do jeito que te deixei para o mundo. Se seu jeito de falar, todo cheio de gírias ainda é o mesmo. Se você ainda me chama como só você sempre me chamou. Se eu ainda adoro ouvir meu nome na sua voz. Será que você ainda fala meu nome?

Saber se seu trabalho continua uma loucura, uma correria danada, e se, mesmo assim, você ainda sorri. Se você ainda é capaz de me animar, de me fazer dar risada das coisas que eu achava impossíveis. Se você ainda me faz ver a vida de uma forma mais simples.

Cadê você, agora que eu preciso, pra me acalmar enquanto te espero? Por onde você anda que não de diz nem sequer esse tão esperado oi?

Onde está que não quer saber se eu continuo a mesma, se eu continuo chorando por pouco, rindo à toa, brigando com a vida? Quero tanto te contar como foi meu dia, com todos os detalhes. Sinto falta do seu positivismo batendo de frente com o meu realismo. Preciso dos seus conselhos, da sua voz me acalmando. Quero seus olhos me olhando de novo.

Estou aprendendo a andar de novo, a sorrir de novo, a viver de novo, uma nova vida. Sem teu olhar, sem teu oi. Sem você.